sábado, abril 30, 2005

O Santo Graal

O Cálice Sagrado em que Jesus teria bebido é um mistério muito maior do que uma simples leitura de romances arthurianos pode revelar. Ele teria realmente existido? Resistiu ao tempo? Quem eram seus guardiões?

A figura do Graal é tida, comumente, como a da taça que serviu Jesus durante a Última Ceia e na qual José de Arimatéia teria recolhido o sangue do Salvador crucificado proveniente da ferida no flanco provocada pela lança do centurião romano Longino ("Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados perfurou-Lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água" - João19:33-34). A Igreja Católica não dá ao cálice mais do que um valor simbólico e acredita que o Graal não passa de literatura medieval, apesar de reconhecer que alguns personagens possam realmente haver existido. É provável que as origens pagãs do cálice tenham causado descontentamento à Igreja. Em Os mistérios do Rei Artur, Elizabeth Jenkins ressalta que "no mundo do romance, a história era acrescida de vida e de significado emocional, mas a Igreja, apesar do encorajamento que dava às outras histórias de milagres, a esta não deu nenhum apoio, embora esta lenda seja a mais surpreendente do ponto de vista pictórico. Nas representações de José de Arimatéia em vitrais de igrejas, ele aparece segurando não um cálice, mas dois frascos ou galheteiros". Alguns tomam o cálice de ágata que está na igreja de Valência, na Espanha, como aquele que teria servido Cristo mas, aparentemente, a peça data do século XIV. Independente da veneração popular, esta referência é fundamental para o entendimento do simbolismo do Santo Graal já que, como explica a própria Igreja em relação à ferida causada por Longino, "do peito de Cristo adormecido na cruz, sai a água viva do batismo e o sangue vivo da Eucaristia; deste modo, Ele é o cordeiro Pascal imolado".

Origem
A etimologia da palavra Graal é um tanto duvidosa, mas costuma-se considerá-la como oriunda do latim gradalis - cálice. Com o brilho resplandecente das pedras sobrenaturais, o Graal, na literatura, às vezes aparece nas mãos de um anjo, às vezes aparece sozinho, movimentando-se por conta própria; porém a experiência de vê-lo só poderia ser conseguida por cavaleiros que se mantivessem castos. Transportado para a história do Rei Arthur, onde nasce o mito da taça sagrada, encontramos o rei agonizante vendo o declínio do seu reino. Em uma visão, Arthur acredita que só o Graal pode curá-lo e tirar a Bretanha das trevas. Manda então seus cavaleiros em busca do cálice, fato que geraria todas as histórias em torno da Busca do Graal. É interessante notar que a água é uma constante na história de Arthur. É na água que a vida começa, tanto a física como a espiritual. Arthur teria sido concebido ao som das marés, em Tintagel, que fica sob o castelo do Duque da Cornualha; tirou a Bretanha das mãos bárbaras em doze batalhas, cinco das quais às margens de um rio; entregou sua espada, Excalibur, ao espírito das águas e, ao final de sua saga, foi carregado pelas águas para nunca mais morrer. Certo de que sua hora havia chegado, Arthur pede a Bedivere que o leve à praia, onde três fadas (elemento ar) o aguardam em uma barca. "Consola-te e faz quanto possas porque em mim já não existe confiança para confiar. Devo ir ao vale de Avalon para curar a minha grave ferida", diz o rei. Avalon é a mítica ilha das macieiras onde vivem os heróis e deuses celtas e onde teria sido forjada a primeira espada de Arthur - Caliburnius. Na Cornualha, o nome Avalon - que em galês refere-se à maçã - é relacionado com a festa das maçãs, celebrada durante o equinócio de outono. Acreditam alguns que Avalon é Glastonbury, onde tanto Arthur quanto Guinevere teriam sido enterrados. A abadia de Glastonbury, onde repousaria o casal, é tida também como o lugar de conservação do Graal.

O mito
A primeira referência literária ao Graal é O Conto do Graal, do francês Chrétien de Troyes, em 1190. Todo o mito - e uma série interminável de canções, livros e filmes - sobre o rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda tiveram seu início ali. Tratava-se de um poema inacabado de 9 mil versos que relata a busca do Graal, da qual Arthur nunca participou diretamente, e que acaba suspensa. Um mito por si só, O Conto do Graal é uma obra de ficção baseada em personagens e histórias reais que serve para fortalecer o espírito nacionalista do Reino Unido, unindo a figura de um governante invencível a um símbolo cristão. Mas por que o cálice teria sido levado para a Inglaterra? Do ponto de vista literário, já foi explicado. Porém há outras histórias muito mais interessantes - e ousadas - para explicar isto. Diz-se que durante sua permanência na Cornualha, Jesus havia recebido em dádiva um cálice de um druida convertido ao cristianismo (isto entendido como "o que era pregado por Cristo"), e por aquele objeto Jesus tinha um carinho especial. Após a crucificação, José de Arimatéia quis levá-lo, santificado pelo sangue de Cristo, ao seu antigo dono, o druida, que era Merlin, traço de união entre a religião celta e a cristã. É na obra de Robert de Boron, José de Arimatéia, que o mito retrocede no templo até chegar a Cristo e à última Ceia. José de Arimatéia (veja box ao final deste artigo) era um judeu muito rico, membro do supremo tribunal hebreu - o Sinédrio. É ele que, como visto nos evangelhos, pede a Pilatos o corpo de Jesus para ser colocado em um sepulcro em suas terras.Boron conta que certa noite José é ferido na coxa por uma lança (perceba também, sempre presente, as referências às lanças e espadas, símbolos do fogo, tanto nas histórias de Jesus como de Arthur). Em outra versão, a ferida é nos genitais e a razão seria a quebra do voto de castidade. Este fato está totalmente relacionado à traição de Lancelot que seduz Guinevere, esposa de Arthur. Após a batalha entre os dois, a espada de Arthur, Caliburnius, é quebrada - pois é usada para fins mesquinhos - e jogada em um lago onde é recolhida pela Dama do Lago antes que afunde. Depois lhe é oferecida outra espada, esta sim, Excalibur. Somente uma única vez Boron chama a taça de Graal. Em um inciso, ele deduz que o artefato já tinha uma história e um nome antes de ser usado por Jesus: "eu não ouso contar, nem referir, nem poderia fazê-lo (...) as coisas ditas e feitas pelos grande sábios. Naquele tempo foram escritas as razões secretas pelas quais o Graal foi designado por este nome". José de Arimatéia foi, portanto, o primeiro custódio do Graal. O segundo teria sido seu genro, Bron. Algumas seitas sustentam que o ciclo do Graal não estará fechado enquanto não aparecer o terceiro custódio. Esta resposta parece vir com A Demanda do Graal, de autor desconhecido, que coloca Galahad como único entre os cavaleiros merecedor de se tornar guardião do Graal.

O Graal-pedra
Toda a história é mudada quando contada pelo alemão Wolfram von Eschenbach, quase ao mesmo que Boron. Em Parzifal, Eschenbach coloca na mão dos Templários a guarda do Graal que não é uma taça, mas sim uma pedra: Sobre uma verde esmeralda,/ Ela trazia o desejo do Paraíso:/ Era objeto que se chamava o Graal! Para Eschenbach, o Graal era realmente uma pedra preciosa, pedra de luz trazida do céu pelos anjos. Ele imprime ao nome do Graal uma estreita dependência com as força cósmicas. A pedra é chamada Exillis ou Lapis exillis, Lapis ex coelis, que significa "pedra caída do céu". É a referência à esmeralda na testa de Lúcifer, que representava seu Terceiro Olho. Quando Lúcifer, o anjo de Luz, se rebelou e desceu aos mundos inferiores, a esmeralda partiu-se pois sua visão passou a ser prejudicada. Uma dos três pedaço ficou em sua testa, dando-lhe a visão deformada que foi a única coisa que lhe restou. Outro pedaço caiu ou foi trazido à Terra pelos anjos que permaneceram neutros durante a rebelião. Mais tarde, o Santo Graal teria sido escavado neste pedaço. Compare o Graal-pedra de Eschenbach com a não menos mítica Pedra Filosofal que transformava metais comuns em ouro, homens em reis, iniciados em adeptos; matéria e transmutação, seres humanos e sua transformação. O alemão têm como modelo de fiéis depositários do cálice sagrado os Cavaleiros Templários. Seria Wolfran von Eschenbach um Templário? Era a época em que Felipe de Plessiez estava à frente da ordem quase centenária. O próprio fato de ser a pedra uma esmeralda se relaciona com a cavalaria. Os cavaleiros em demanda usavam sobre sua armadura a cor verde, sinônimo de vitalidade e esperança. Malcom Godwin, escritor rosacruz, refere-se a Parzifal da seguinte maneira: "Muitos comentadores argumentaram que a história de Parzifal contém, de modo oculto, uma descrição astrológica e alquímica sobre como um indivíduo é transformado de corpo grosseiro em formas mais e mais elevadas". Nesta obra que é um retrato da Idade Média - feito por quem sabia muito bem sobre o que estava falando - reconhece-se uma verdadeira ordem de cavalaria feminina, na qual se vê Esclarmunda, a virgem guerreira cátara, trazendo o Santo Graal, precedida de 25 segurando tochas, facas de prata e uma mesa talhada em uma esmeralda. Na descrição do autor da cena de Parzifal no castelo do rei-pescador (que, assim como Jesus, saciara a fome de muitas pessoas multiplicando um só peixe) lemos: "Em seguida apareceram duas brancas virgens, a condessa de Tenabroc e uma companheira, trazendo dois candelabros de ouro; depois uma duquesa e uma companheira, trazendo dois pedestais de marfim; essas quatro primeiras usavam vestidos de escarlate castanho; vieram então quatro damas vestidas de veludo verde, trazendo grandes tochas, em seguida outras quatro vestidas de verde (...). "Em seguida vieram as duas princesas precedidas por quatro inocentes donzelas; traziam duas facas de prata sobre uma toalha. Enfim apareceram seis senhoritas, trazendo seis copos diáfanos cheios de bálsamo que produzia uma bela chama, precedendo a Rainha Despontar de Alegria; esta usava um diadema, e trazia sobre uma almofada de achmardi verde (uma esmeralda) o Graal, ‘superior a qualquer ideal terrestre’".As histórias que fazem parte do chamado "ciclo do Graal" foram redigidas de 1180 até 1230 o que nos inclina a relacioná-las com a repressão sangrenta da heresia cátara. Conta-se que durante o assalto das tropas do rei Felipe II à fortaleza de Montsegur, apareceu no alto da muralha uma figura coberta por uma armadura branca que fez os soldados recuarem, temendo ser um guardião do Graal. Alguns historiadores admitem que, prevendo a derrota, os cátaros emparedaram o Graal em algum dos muros dos numerosos subterrâneos de Montsegur e lá ele estaria até hoje.A "Mesa de Esmeralda" evocada pelas histórias de fundo cátaro relacionam-se de maneira óbvia com outra "mesa": a Tábua de Esmeralda atribuída a Hermes Trimegistos. A partir daí o Graal-pedra cede lugar ao Graal-livro.

O Graal-livro
O Graal-taça é tido como um episódio místico e o Graal-pedra como a matéria do conhecimento cristalizado em uma substância. Já o Graal-livro é a própria tradição primordial, a mensagem escrita. Em José de Arimatéia, Robert de Boron diz que "Jesus Cristo ensinou a José de Arimatéia as palavras secretas que ninguém pode contar nem escrever sem ter lido o Grande Livro no qual elas estão consignadas, as palavras que são pronunciadas no momento da consagração do Graal". De fato, em Le Grand Graal, continuação da obra de Boron por um autor anônimo, o Graal é associado - ou realmente é - um livro escrito por Jesus, o qual a leitura só pode entender - ou iluminar - quem está nas graças de Deus. "As verdades de fé que este contém não podem ser pronunciadas por língua mortal sem que os quatro elementos sejam agitados. Se isso acontecesse realmente, os céus diluviariam, o ar tremeria, a terra afundaria e a água mudaria de cor". O Graal-livro tem um terrível poder.

Um Graal científico
N’ O Livro da Tradição, no capítulo referente ao Graal, encontramos interessantes referências aos espetaculares fenômenos desencadeados pelas esmeraldas e por outras pedras verdes. Vale a pena reproduzir um trecho que mostra como encarar um assunto de um ponto de vista religioso, místico ou científico, isoladamente é sempre uma maneira pobre de fazer uma leitura. "Uma descoberta muito recente parece confirmar a hipótese de um Graal possuindo uma realidade a um só tempo sobre os planos espiritual e material, servindo o segundo como um suporte para o primeiro. "Segundo fontes precisas e confidenciais das quais não nos é possível indicar a origem, os astronautas americanos da expedição da Apolo XIV teriam descoberto na Lua amostras da pedra verde. "A análise em laboratório revelou estranhas propriedades entre as quais a de provocar, graças a certas emissões de nêutrons, um minicampo antigravitacional. "As mesmas pedras verdes, chamadas ‘pedras de lua’ ou ‘pedras das feiticeiras’, são também encontradas na Escócia (sendo entretanto raras), nas highlands e, segundo a lenda, serviam às feiticeiras para fazer com que elas se deslocassem pelos ares (com que então muitas vezes a realidade supera a ficção!). "As mesmas amostras de rochas verdes estariam engastadas nos alicerces das criptas das catedrais medievais, bem como na abadia do Monte Saint-Michel. A catedral de Colônia desfrutaria dessa particularidade, o que teria feito com que ela se beneficiasse com uma miraculosa proteção por ocasião dos bombardeios terríveis que destruíram a cidade em 1944-45 (o campo de força assim criado teria desviado a trajetória das bombas)". É lógico que esta explicação física para o Graal não exclui a existência de um Graal espiritual e místico do qual o objeto material seria o reflexo. Ao final, pergunta-se: qual a natureza do Graal? Cálice, pedra ou livro? Sendo o Graal uma realidade nos planos espiritual, material e humano podemos concebê-lo como "um objeto-pedra (esmeralda) em forma de taça servindo como meio de comunicação entre o céu e a terra segundo um processo descrito e explicado por um livro". Somente homens puros (Percival e Galahad são os arquétipos) poderão servir como ponte e tornarem-se detentores do segredo do Graal que abre caminho aos planos superiores da existência. Esta raça pura, filha da "raça solar", é denominada "raça do Arco" - ou do "arco-íris", porque as cores expressas no prisma solar (também chamado lenço de Íris) são a manifestação física dos diferentes poderes que o homem pode despertar através do Graal. Isso possivelmente só será conseguido no final dos tempos, como encontramos no Apocalipse de João (4:2-3): "Logo fui arrebatado em espírito e vi um trono no céu, no qual Alguém estava sentado. O que estava sentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de sardônio; e um arco-íris rodeava o trono, semelhante à esmeralda".

José de Arimatéia, um "judeu-cristão"
Robert de Boron conta que os judeus, ao descobrirem José de Arimatéia, prendem-no em uma cela sem janelas onde todos os dias uma pomba se materializa deixando-lhe uma hóstia, seu único alimento durante todo o cárcere, graças ao qual sobrevive. José esconde a taça que Jesus usou na Última Ceia, a mesma que ele próprio usou para recolher o sangue de Cristo antes de colocá-lo na tumba. Ao ser libertado, viaja para a Inglaterra com um grupo de seguidores e funda a Segunda Mesa da Última Ceia, ao redor da qual sentam doze pessoas (conforme a Távola Redonda). No lugar de Cristo é colocado um peixe. O assento de Judas Escariostes fica vazio e quando alguém tenta ocupá-lo é "devorado pelo lugar" de forma misteriosa. A partir desse momento esse assento é conhecido como a Cadeira Perigosa (mesmo nome do assento da Távola Redonda que também ficava vazio e só poderia ser ocupado pelo "cavaleiro mais virtuoso do mundo". Em algumas versões, é o assento de Lancelot que sempre fica vazio. Lancelot, o mais dedicado cavaleiro, que assim como Judas em relaçao a Jesus, era o que mais amava Arthur e também o que o traiu). José de Arimatéia fundou sua congregação em Glastonbury. No lugar onde teria edificado sua igreja com barro e palha há os restos de uma abadia muito posterior. A mesma onde se diz estarem enterrados Arthur e Guinevere e onde estaria o Santo Graal.
http://users.hotlink.com.br/egito/santgrl.htm

sábado, abril 02, 2005

Manuscristos do Mar Morto

Os manuscritos do Mar Morto, descobertos, provavelmente, em 1947 por beduínos árabes chegaram às mãos dos estudiosos no fim daquele ano e no começo de 1948. As descobertas se realizaram nas cavernas nos penhascos margosos que distam entre um e dois km ao oeste da extremidade nordeste do Mar Morto perto de uma fonte copiosa de água doce chamada Ain Fexca (Feshkha).Esta localização à margem do deserto de Judá, faz que às vezes haja a expressão “manuscritos de Ain Fexca”, ou “manuscritos do Deserto de Judá”.

Os manuscritos foram vistos por vários estudiosos na parte posterior do ano 1947, e alguns deles confessam que na época, menosprezaram-nos como sendo falsificações. Um dos professores que reconheceram a verdadeira anti­guidade dos manuscritos foi o falecido Prof. Eleazar L. Sukenik da Universidade Hebraica, e ele conseguiu mais tarde comprar alguns deles. Outros manuscritos foram levados para a Escola Americana de Pesquisas Orientais em Jerusalém, onde o Diretor interino, Dr. John C. Trever, percebendo seu grande valor, mandou fotografar os pedaços que foram levados a ele. Uma das suas fotografias foi enviada ao Prof. William F. Albright, que imediatamente declarou que esta foi “a descoberta a mais importante que já tinha sido feita no assunto de manuscritos do Antigo Testamento”.

Os manuscritos que foram comprados pela Universidade Hebraica incluíam o Rolo de Isaías da Universidade Hebraica (lQIsb), que contém uma parte do Livro, a Ordem da Guerra, conhecido também como A Guerra dos Filhos da Luz contra os Filhos das Trevas (1QM), e os Hinos de Ações de Graças, ou Hodayot (1 QH). Os manuscritos comprados pelo arcebispo sírio e publicados pelas Escolas Americanas de Pesquisas Orientais incluíam o Rolo de Isaías de São Marcos (lQI5a), que é um rolo do Livro inteiro, o Comentário de Habacuque (lQpHab), que contém o texto dos caps. 1 e 2 de Habacuque com um comentário, e o Manual de Disciplina (1QS), que contém as regras para os membros da comunidade de Cunrã.

Subseqüentemente, estes manuscritos passaram a integrar o patrimônio do Estado de Israel, e são conservados num santuário especial da Universidade Hebraica em Jerusalém. Têm sido publicados em numerosas edições e recensões, e traduzidos para várias línguas, havendo grandes facilidades para quem deseja estudá-los em tradução ou em fac-símile.

Depois da descoberta destes manuscritos, que são de grande importância por ter sido quase unanimemente reconhecido que pertencem ao último século a.C. e ao primeiro século d.C., a região onde foram achados tem sido sujeitada a exploração sistemática. Numerosas cavernas têm sido achadas, e até agora, onze destas cavernas têm oferecido materiais da mesma época dos manuscritos originais.

A maior parte destes manuscritos tem vindo da quarta caverna a ser explorada (Caverna Quatro, ou 4Q), e outros de grande significado foram achados nas cavernas 2Q, 5Q, e 5Q. Segundo as últimas notícias, as descobertas as mais significativas têm sido as da caverna 11Q.

Só da caverna 4Q, os fragmentos achado representam um mínimo de 382 manuscritos diferentes, e uma centena destes são manuscritos bíblicos. Estes incluem fragmentos de todos os livros da Bíblia hebraica menos Ester. Alguns dos livros são representados em muitas cópias diferentes: há, por exemplo, 14 manuscritos diferentes de Deuteronômio, 12 manuscritos de Isaías, e 10 manuscritos dos Salmos, representados nos fragmentos achados em 4Q; outros fragmentos destes mesmo livros têm sido achados em 11Q, mas ainda não foram publicados. Um dos achados significantes, que pode ter grande valor em avaliar teorias sobre data e autoria, diz respeito ao Livro de Daniel, fragmentos do qual têm a mudança do hebraico para o aramaico em Dn 2:4, e do aramaico para o hebraico em Dn 7:28-8:1, exatamente como nos textos de Daniel que se empregam mais recentemente.

Perto dos penhascos no planalto aluvial que domina as praias do Mar Morto há os alicerces de um prédio antigo e complexo, muitas vezes chamado de “mosteiro”. Este foi totalmente escavado durante várias estações, e isto tem desvendado informações importantes quanto à natureza, ao tamanho e à data da comunidade de Cunrã. As moedas achadas ali, junta­mente com outros vestígios, têm oferecido indicações para fixar a data da comunidade entre 140 a.C. e 67 d.C. Os membros eram quase todos masculinos, embora que a literatura regulamente as condições para a admissão de mulheres e crianças. O número de pessoas que viviam ali ao mesmo tempo seria aproximadamente entre 200 e 400.

A comunidade dedicava-se ao estudo da Bíblia. A vida da comunidade era ascética, na sua mor parte, e suas práticas incluíam o banho ritual, que às vezes tem sido chamado batismo. Alguns estudiosos têm entendido que esta prática foi a origem do batismo de João Batista. Uma comparação do batismo de João com o dos cunranianos mostra, no entanto, que as duas práticas eram inteiramente distintas entre si. Isto sendo o caso, mesmo se João tivesse pertencido a esta comunidade (o que não se comprovou, e talvez nunca venha a ser provado), este deve ter desenvolvido distinções importantes na sua própria doutrina e prática do batismo.

O texto do Antigo Testamento Grego, ou Septuaginta, e as citações do Antigo Testamento no Novo, indicam que tenha havido outros textos além daquele que veio até nós (o Texto Massorético). O estudo dos manuscritos do Mar Morto revela claramente que, na época de serem produzidos, que seria mais ou menos na época da elaboração dos manuscritos bíblicos utilizados pelos autores do Novo Testamento, havia no mínimo três tipos de textos circulando:

Um pode ser chamado o precursor do Texto Massorético;

O segundo estava nitidamente relacionado com aquele utilizado pelos tradutores da Septuaginta;

O terceiro era diferente de ambos. As diferenças não são grandes, e em passagem alguma envolvem assuntos de doutrina;

Mas para um estudo textual pormenorizado é importante que nos libertemos do conceito que o Texto Massorético seja o único texto autêntico. A verdade é que as citações do Antigo Testamento que se acham no Novo, dão margem para se compreender que não foi o Texto Massorético aquele que mais se empregava pelos autores do Novo Testamento.

Muita coisa tem sido escrito no assunto do relacionamento entre Jesus Cristo e a comunidade de Cunrã. Não há evidência nos documentos de Cunrâ que Jesus tenha sido membro da seita, e nada há no Novo Testamento que exija tal ponto de vista.

Clone Jesus?!

Como estamos em tempo de Páscoa...que dizer...já passou...achei por piada e curiodidade também por aqui esta "noticia" no minimo engraçada...

Um grupo de religiosos dos Estados Unidos está com um projecto um pouco ousado - Clonar Jesus Cristo. Eles pretendem retirar o DNA de Jesus Cristo a partir de seu sangue (que está no Santo Sudário) e implantar em um óvulo. Esse óvulo será implantado em uma virgem voluntária que aceitou a proposta.

O projecto baptizado de "Segunda Vida" está a gerar muita polémica, além de sérios problemas que os organizadores terão, pois a igreja não está disposta a ceder o Santo Sudário para que seja retirado o material genético.·O tema está repercutindo em vários países, pois se eles proibiram a clonagem de humanos, imagine a de Jesus Cristo…
Os criadores do projecto acreditam que só clonando Jesus para a segunda vinda de Cristo e que assim o mundo poderá estar a salvo...
De acordo com a seita, a "Segunda Vinda" de Cristo estaria programada para o final de 2001(estamos em 2005!!). Ou seja, o nascimento de Jesus seria dia 25 de Dezembro - natal. O projecto tem até um site oficial sobre o assunto (em inglês) que explica com mais detalhes e até disponibiliza um endereço para doações do projecto. Eles até argumentam por que seria possível clonar Jesus Cristo.

Veja o site oficial (www.clonejesus.com)

Titanic, um navio condenado

Será que a conhecida história do naufrágio do Titanic - a catástrofe marítima mais famosa da história - é apenas a ponta do iceberg? Indícios indicam que pode ser uma sabotagem
O titanic foi um navio dos sonhos. no momento em que foi lançado ao mar, era conhecido como o maior e mais luxuoso transatlântico do planeta. Era tal o prestigio do navio, que muitas das personalidades mais ricas do mundo estavam a bordo em sua viagem inaugural, saindo de Southampton para Nova York no dia 10 de abril de 1912. Parecia que todas as pessoas mais importantes queriam estar entre os primeiros a viajar nesse símbolo resplandecente da humanidade desafiando a natureza.

Noite catastrófica
O naufrágio do navio na noite de 14 para 15 de abril, com perda de 1515 passageiros e tripulantes, de um total de 2224, foi a pior catástrofe em tempos de paz da história marítima. Segundo as investigações oficiais realizadas com base no naufrágio, a tragédia foi um terrível acidente agravado pela suposta incompetência de certas figuras-chaves implicadas. Apesar disso, muitas questões ficaram sem resposta e muitos fatos ainda hoje são debatidos. Nos anos seguintes, surgiram várias teorias controversas questionando o grau em que a catástrofe poderia ter sido considerada um acidente.
O primeiro ponto que atraiu a atenção dos que procuravam a "verdade" sobre o naufragio foi o elevado numero de cancelamentos feitos para a viagem inaugural do Titanic. Apesar da demanda de lugares, umas 55 pessoas cancelaram seus bilhetes na última hora.
O mais notável desses cancelamentos foi o de J. P. Morgam, - o verdadeiro dono da White Star Line - e um dos homens mais ricos dos Estados Unidos. O casal a quem foi então destinada a suíte de Morgan no Titanic decidiu viajar no Lusitânia, sendo então finalmente ocupada por J. Bruce, diretor executivo da White Star, que sobreviveu à viagem pulando num bote salva-vidas, quando este estava sendo arriado.
Morgan também era o proprietário no navio gêmeo do Titanic, o Olympic, que zarpou pela primeira vez, com todos os seus lugares ocupados, em 14 de junho de 1911, comandado pelo mesmo E. J. Smith que, depois, seria a comandante do Titanic. O Olympic teve uma curta, mas acidentada história, o que pode ter contribuído para os receios de algumas pessoas em relação ao Titanic.
Ao chegar a Manhattan, o enorme navio quase afundou um pequeno rebocador, preso entre ele e um parede do cais. Quatro meses depois, o transatlântico sofreu sérios danos ao colidir com um cruzador de guerra, o HMS Hawke. O Olympic teve de regressar a Belfast para diversos reparos. A White Star Line moveu uma ação por danos, mas perdeu e teve que pagar os reparos que adicionaram um total de 250 mil libras esterlinas ao custo original do navio de 1,5 milhões. Depois, em 24 de fevereiro de 1912, o Olympic atingiu um barco afundado e perdeu uma hélice. O violento choque causou graves danos internos ao navio, que foi içado ao estaleiro de Belfort, onde estava terminado o Titanic.
O titanic foi retirado, então, do dique seco para acelerar os reparos de seu navio gêmeo, mas a White Star Line teve que cancelar a próxima partida do Olympic, outra onerosa perda para o companhia. Com o Olympic ocupado em reparos de emergência, e o Titanic correndo o risco de não cumprir o tempo de suas provas ao mar, programadas para o dia 1º de abril, J. Bruce Ismay ordenou que fossem instaladas um série de vidros panorâmicos na cobertura do passeio A do Titanic.
Esta modificação era supostamente necessária para impedir que os passageiros da primeira classe se molhassem ao sair para tomar ar. Era insólito que uma modificação tão importante como essa fosse ordenada com tanta precipitação, especialmente sem esperar passar as provas ao mar. Porém, foi a mais insólito ainda que o Olympic não fosse modificado da mesma forma. Antes de instalar esses vidros, os dois barcos apenas podiam ser diferenciados um do outro quando estavam juntos ancorados no porto. Eram tão parecidos que muitas das recordações vendidas após o naufrágio do Titanic eram na verdade reprodução do Olympic.
Uma vez instalados, esses vidros panorâmicos eram para um leigo uma forma segura de distinguir as duas embarcações, ou pelo menos uma forma certa de fazer com que o público em geral achasse que podia distinguir os dois navios. A mesma extravagância de ordenar essa modificação num momento tão inoportuno fez com que muitos insinuassem que o barco tinham trocado de identidade de Belfast. O danificado Olympic, fazendo-se passar pelo aclamado Titanic, poderia então ser perdido oportunamente no mar em alguma posição predeterminada para causar uma perda mínima de vidas. A White Star Line poderia reclamar o seguro Titanic, que não tinham pedido prévio de indenização, enquanto o autêntico e imaculado Titanic poderia entrar em serviço sem problemas como o Olympic.

Sinais de Aviso
havia uma lamentável falta de provisão em quase todos os temas relacionados ao Titanic. O mais conhecido era o fato de que numa embarcação que poderia levar mais de 2200 passageiros somente havia botes salva-vidas para 1178 pessoas. Além disso, os vigias não tinham acesso aos binóculos depois depois que o Titanic abandonasse Southampton, apesar de crescente o aviso de gelo.
A maior parte das criticas foram dirigidas ao capitão Smith, que foi quem acelerou o Titanic numa zona em que se sabia, de acordo com pelo menos cinco avisos distintos, que haviam gelos.
Quando o Titanic se chocou com o iceberg, ia a 22,5 nós, perto de sua velocidade máxima estimada. Devido a essa conduta imprudente, parece quase normal insinuar que a destruição do Titanic havia sido planejada por seus proprietários.
Inclusive numa época em que os acidentes marítimos eram freqüentes, a evidencia sugere que tanto o capitão Smith como a White Star Line sofreram mais contratempos do que se esperava. Além dos incidentes anteriores com o Olympic, Smith, da mesma forma, havia encalhado o Republic, em 1989, o Coptic em 1890 e o Adriatic em 1909.
Como foi confirmado na investigação que se seguiu, o Titanic poderia permanecer flutuando com até 04 dos 16 compartimentos estanques inundados, separados do casco por grossos tabiques divisórios. Praticamente a única forma de provocar uma calamidade era, se o navio golpeasse um objeto sólido durante sua passagem - como um iceberg - de modo a perfurar vários compartimentos de uma só vez.
Outra teoria é que, depois da troca de identidade entre o Olympic e o Titanic, foram dadas instruções a Smith para que dirigisse o navio contra um iceberg numa situação adequada, onde a White Star teria organizado algum tipo de salvamento. Infelizmente, por causa da incompetência de Smith, o acidente aconteceu num momento ou lugar equivocado.

Motivos para suspeitar
aqueles que negam esta teoria afirmam que, quando em 1985 foram encontrados os destroços, tanto a hélice de bombordo como o indicador de direção do timão mostravam claramente o numero 401, que é o número do casco do Titanic (o do Olympic era o 400).
Porém, permaneceram muitos motivos de suspeitas. A equipe que descobriu os destroços raspou a ferrugem da placa e revelou o nome Titanic, mas não foi recuperado nenhum objeto do fundo com o nome Titanic. Além disso, todos os registros da White Star Line desapareceram ( as plantas do Titanic se perderam durante a segunda guerra mundial).
Também foi impossível encontrar a suposta fenda no costado do navio, porque essa área está muito enterrado, mas foi encontrada uma abertura perto da proa do navio. Robert Ballard, que encontrou os destroços, surpreendeu-se em encontrar um tabique separatório num lugar inesperado, e mesmo os destroços estão a uma certa distância de onde foi informado que o navio havia naufragado.
Finalmente, J. P. Morgan, que alegou problemas de saúde para não viajar no Titanic, foi localizado pouco depois na cidade de Aixles-Bains, com aparência muito saudável. Além disso, depois da tragédia descobriu-se que Morgan não só havia cancelado a viagem, mas também que grande parte de sua coleção de arte, que deveria ser transportada da Europa para os Estados Unidos, também não fora embarcada. Naquele momento, o motivo alegado para tal fato foi que houve "atrasos de última hora na embalagem".

Incerteza permanente
Somente algumas poucas coisas são totalmente certas: a perda do RMS Titanic foi uma trágica calamidade que poderia ter sido evitada. O fato de que o titanic fosse considerado como impossível de afundar e naufragasse logo em sua viagem inaugural parece uma coincidência quase grande demais para ser verdadeira; basta apenas esse fato para gerar várias suspeitas de uma conspiração. Apesar disso, os acidentes prévio na histórias da White Star Line e do capitão Smith apóiam a tese de que a pura negligencia e o orgulho provocaram a catástrofe que levou a vida de 1515 pessoas

Os segredos de Einstein

Em 18 de abril de 1955 perto de uma hora da manhã, rompeu a aorta e parou o coração do autor da Teoria da Relatividade. Silenciosamente, na presença dos mais íntimos seu corpo foi cremado perto de Trenton no estado de New Jersey.
A pedido do próprio Einstein o sepultamento foi realizado em segredo. Mas existe a lenda de que junto com ele foram enterrados também as cinzas dos manuscritos dos seus últimos trabalhos científicos, queimados por Einstein antes de morrer. Ele achava que estes conhecimentos por enquanto só poderiam causar mal à humanidade. Que trabalhos eram esses?
A resposta, infelizmente, o grande físico levou consigo. A tentativa de desvendar este segredo obriga-nos a pisar no instável solo das suposições, permissões e lembranças de testemunhas, em cuja absoluta veracidade não se pode confiar. Mas não atualmente já não existe outro caminho.
Sabe-se que Albert Einstein agia ativamente contra a criação e desenvolvimento de armas nucleares, trabalhando neste interim, principalmente nos últimos anos de sua vida, na criação da Teoria do Campo Único? . A idéia básica era reunir numa única equação a interrelação de três forças básicas: eletromagnética, gravitacional e nuclear. Mais do que isso, uma inesperada descoberta exatamente neste campo é que levou Einstein a queimar o seu trabalho.
Mas, pelo jeito, as autoridades militares americanas conseguiram utilizar parte das descobertas do grande físico, ainda antes que ele percebesse a sua periculosidade. Foi realizada uma experiência cujos resultados foram realmente trágicos. A proposta inicial não demonstrava nada inesperado. O mundo estava em guerra e os militares tentavam de todas as maneiras fazer seus aviões a navios imperceptíveis aos aparelhos de detecção do inimigo.
Surgiu a ideía de criar um campo eletromagnético de tal tensão que fizesse os raios de luz enrolar-se num casulo, tornando o objeto invisível para o homem e para os instrumentos. Os cálculos foram entregues a Einstein, o maior especialista teórico neste campo. Depois seguiram-se acontecimentos que se tornaram um dos maiores mistérios do século XX.
Em 1943, na Filadélfia aconteceu uma misteriosa história, ligada ao destróier "Eldridge". Mas, o que aconteceu? O navio, no qual, de acordo com a versão existente, forma instalados "geradores de invisibilidade" não somente desapareceu do campo de visão dos observadores e dos radares, mas pareceu cair numa outra dimensão e surgiu após um certo tempo com a tripulação em estado de semiloucura. Mas o principal, pelo jeito, não está no desaparecimento do navio mas nas misteriosas conseqüências que a experiência transmitiu à tripulação do destróier.
Com os marinheiros começaram a acontecer coisas incríveis: alguns pareciam "congelar" – saíam do andamento do tempo real, outros simplesmente "dissolviam" no ar para nunca mais reaparecer... As histórias sobre o misterioso acontecimento eram passados de boca em boca, acrescentando cada vez mais detalhes incríveis.
E quando a Marinha dos EUA apresentaram um desmentido a todos os boatos sobre esta experiência, muitos pesquisadores consideraram-no uma falsificação. E existem fundamentos para tanto. Foram encontrados documentos que confirmam que do ano de 1943 até o ano de 1944 Einstein constava na folhga de serviço do ministério da Marinha em Washington.
Apareceram testemunhas que viram pessoalmente como desaparecia o "Eldridge", outros tiveram em mãos os cálculos executados pela mão de Einstein, que possuia uma caligrafia bastante peculiar. Até foi encontrado um recorte de jornal daquela época que informava sobre marinheiros que desenbarcaram do navio e desapareceram diante de testemunhas...
Infelizmente, tudo isso pode ser posto em dúvida, porque não se encontrou o principal – os documentos. Muito poderia ser esclarecido pelos diários de bordo do "Eldridge", mas eles desapareceram misteriosamente. De qualquer modo, a todos os pedidos os pesquisadores receberam a resposta: "...encontrar e, consequentemente, colocar à vossa disposição, não é possível.
Enquanto que os jornais de bordo do navio de acompanhamento "Fureset" foram completamente destruídos por ordens superiores, mesmo que isto seja contra todas as normas... Os manuscritos do grande físico possivelmente também poderiam explicar para onde e como desparecia "Eldridge" mas Einstein não quiz deixá-los para nós.
Os céticos contestavam: "...O navio não podia passar para outra dimensão, mesmo porque não existem outras dimensões além das nossas naturais". Se tudo fosse assim tão simples... Atualmente para os cientistas já é um axioma a afirmação que o espaço distorcido, fechado num colapso gravitacional, forma uma assim chamada "esfera de Schwartzshield", ou "buraco negro" o qual pode conter o universo inteiro.
Poucos sabem que o acadêmico A.D. Sakharov, assim como Einstein, dedicou muitos de seus trabalhos à cosmologia. Infelizmente, o seu trabalho chamado "Modelo de Universo de Multicamadas", foi publicado em 1969 com pouquíssima tiragem e outros artigos dedicados às propriedades do espaço distorcido não são acessíveis ao leitor comum. Nestes artigos Sakharov reconhece que ao lado do Universo visível existem muitos outros, muitos dos quais com características substancialmente diferentes...
Nos tempos atuais a idéia de mundos paralelos já é aceita. E não são poucos os cientistas que afirmam que é possível entrar lá sem viajar ao Cosmos. É possível penetrar nestes universos sem sair da Terra, "furando" o espaço com um potente aparelho energético. Mas tudo isso é teoria. E na prática? Os experts da comissão "Fenomen" juntaram como migalhas a informação sobre os fatos reais da influência dos campos eletromagnéticos sobre as características do espaço.
Foram examinados todos os fenômenos físicos que ofereciam grandes descargas de energia, inclusive as explosões nucleares, as quais, como se sabe são acompanhadas por agitações eletromagnéticas. Eis um fato curioso. Este é o testemunho de uma pessoa sobre cujos pés literalmente explodiu uma bomba atômica.
Serguei Andreevitch Alekseenko trabalhava no polígono nuclear de Semipalatnensk como engenheiro militar. Entre suas obrigações incluíam a recuperação de estruturas destruídas durante os testes de explosões. No verão de 1973 ele servia sob o comando do general K. Vertelov (tropas de engenharia do ministério da Defesa da URSS).
Junto com general e mais um acompanhante ele devia examinar a ponta selada com concreto do poço, no qual, numa profundidade de 3 quilômetros tinha sido colocada a bomba e depois, de dentro de um bunker especial observar a explosão. Mas algo não funcionou.
E a explosão ocorreu quando os "observadores" tinham chegado junto ao poço. "... Eu senti que a minha perna ficou pendurada num espaço vazio, -- lembra S. Alekseenko. – Algo me levantou, o general e o Ivanov que estavam à minha frente de repente apareceram embaixo e um pouco menores. Eu não sentia o solo sob os meus pés, parecia que todo o globo terrestre desapareceu... Então ouviu-se um pesadíssimo suspiro de algum lugar embaixo, após o que eu me vi no fundo de um barranco. O Ivanov desapareceu do campo de visão enquanto o general apareceu à beira do abismo, -- eu o via como se através de uma enorme lupa aumentado várias vezes.
Depois a onda passou e nós estávamos outra vez numa superfície plana que estremecia como geleia... Em seguida, como se de repente fechasse com estrondo a porta para um outro mundo, o tremor passou e o solo estancou devolvendo-me a sensação real da força de gravidade...". Não vamos destacar as palavras "porta para outro mundo".
Elas podem ser ditas devido ao estado emocional da testemunha ocular que se viu de repente numa situaçao extrema. Entretanto, a descrição dos efeitos óticos... Isto somente é possível na distorção dos raios luminosos. E mais. Alekseenko lembra da incomum doença que de tempos em tempos atacava os funcionários do polígono. Entre eles chamavam a doença de "desmanchamento", ou de "mal de dr. Jarov". Dr. Jarov preparava os animais que, para pesquisa, eram expostos à proximidade da explosão nuclear. Ele encontrou um efeito estranho.
O animal "desmanchado" aparentemente saía da vida por alguns dias – nao respirava, não se mexia e, de repente, levantava e começava a se mover como se nada tivesse acontecido, O mesmo ocorria com os funcionários do polígono. "—Antes da descoberta de Jarov, os "desmanchados" eram simplesmente sepultados, -- diz Alekseenko. Depois, passaram a deixa-los em paz até acordarem. Eu mesmo "desmanchei" algumas vezes.
A última sensação antes da queda é como se alguém puxasse o fio da tomada e você deixasse de existir...". Isto não parece surpreendentemente com o que acontecia com a tripulação do "Eldridge"? Lembrem das afirmações das testemunhas que os marinheiros "pareciam sair do andamento real do tempo". Aliás, doenças misteriosas semelhantes foram observadas também nos funcionários da empresa "Lockhead" que monta os aviões invisíveis, que tanta fama obtiveram durante a guerra do Golfo Pérsico.
Pelas infrmações dos especialistas a "invisibilidade" destes aparelhos é obtida através do uso de materiais especiais cujas propriedades incomuns são obtidas depois do seu tratamento com "geradores de invisibilidade" semelhantes àqueles que foram testados no "Eldridge". Será que foi este segredo – o segredo da penetrabilidade em uma outra dimensão que o Albert Einstein decidiu levar consigo ao túmulo?
Pelo menos esta versão explicaria muitas coisas. Por exemplo, os resultados inclumns das experiências do pesquisador italiano Luciano Boccone, que com a ajuda de aparelhos especiais fotografou no céu misteriosos objetos invisíveis aos nossos olhos.
De acordo com a sua teoria, aqueles objetos eram "kritteros" (que na tradução significam "entes") – formas de vida etéreas que passaram para o nosso mundo vindos de espaço paralelo. Então, se durante cada explosão nuclear surge uma brecha para um outro mundo, então os "kritteros" tiveram inúmeras oportunidades de chegar na Terra. Somente no período de 1955 a 1973 a URSS, EUA e a Grã-Bretanha realizaram 950 testes nucleares.
Obviamente, isso tudo são apenas hipóteses. Entretanto, os especialistas da comissão "Fenomen" continuam a investigar este tema. E já foram descobertos testemunhos comprovando a realidade da aplicação dos tebalhos teóricos de Einstein não somente para passar para outras dimensões mas também para a criação de um modelo funcional de máquina do tempo. Então, devemos alegrar-nos!
Os sonhos da humanidade, as corajosas idéias dos autores de ficção científica finalmente começam a se realizar! Mas por que as pesquisas neste campo estão ocultas de nós por uma espessa cortina de segredo absoluto? Não seria porque elas serão usadas novamente para objetivos militares? Infelizmente, a comissão "Fenomen" já possui fatos confirmatórios de que estas pesquisas estão sendo dirigidas por autoridades militares.

sexta-feira, abril 01, 2005

Incas

Conta a lenda, que certo dia, numa ilha do lago Titicaca, nos Andes, apareceu um casal de deuses,filhos do Sol. Tinham uma tarefa a cumprir: ensinar aos homens os princípios da civilização. O Sol dera-lhesuma varinha de ouro e no lugar onde ela afundasse, ao ser fincada, os deuses deviam fixar-se para sempre.Partiram então Manco Capac e Mama Ocllo, o casal divino, e dia após dia percorreram as terras, batendo nochão com a varinha mágica. Finalmente, junto à colina de Huanacauri, a varinha afundou e ali os deuses seestabeleceram. Ensinaram os habitantes do lugar a cultivar a terra, tecer fibras, construir casas; transmitiram-lhes as leis da guerra e o culto ao Sol. E fundaram a cidade de Cuzco.
Essa lenda conta a origem de um dos mais extraordinários impérios pré-colombianos que existiu por500 anos ou mais, até ser destruído pelos conquistadores espanhóis em 1531.
Admite-se hoje que a história dessa antiga civilização sul americana tenha começado por volta doséculo XI, quando alguns grupos de índios quíchuas, vindos do norte da região que é o hoje o Peru,instalaram-se no sul, formando a cidade de Cuzco. Pouco a pouco, estenderam seu domínio sobre outrastribos, até ocuparem todo o território, que compreende hoje o Peru, o Equador, parte da Bolívia e norte doChile. A palavra inca, ao contrário do que se imagina, não desgina um povo ou uma cultura, é o nome pelo qualos quíchuas chamavam seus reis ou imperadores. E, como o poder político, administrativo e econômico ficavaconcentrado nas mãos do imperador e seus familiares, é natural que a palavra inca terminasse por englobartubo o que se referia à essa poderosa civilização.
O imperador – Sapay Inca, ou seja, Único Inca, tido pelos quíchuas como filhos do Sol – era tratado,em vida, como um semideus, e, após sua morte, como um deus.
Raramente sua face era vista por alguém que não fizesse parte do círculo íntimo de sua corte. Aspessoas deviam descalçar-se em sua presença e seus alimentos eram servidos por uma das concubinas de seuvasto harém. E tudo que ele tocasse virava tabu – ninguém mais poderia mexer. Depois de morto, o imperadortinha seu corpo embalsamado e ressecado ao sol. Depois, era vestido com as roupas mais suntuosas eenrolado em peças de fino tecido. Não o enterravam: feito múmia, era guardado no palácio em que vivera. Ocerimonial fúnebre tinha aspecto macabro: suas mulheres e seus servos o acompanhavam na morte. Eramestrangulados num ritual solene.
O que costumava criar problemas era a sucessão imperial. O herdeiro ao trono não eranecessariamente o filho mais velho, pois, como todos os filhos tinham o "sangue sagrado", o direito deprogenitura não contava entre os quíchuas. Geralmente, ao sentir o envelhecimento e a aproximação da morte,o imperador escolhia, entre os filhos da coya – principal esposa, sempre sua irmã -, aquele que ocuparia seulugar. Para evitar perturbação política, a notícia do falecimento do imperador só era divulgada ao povo quandoos filhos e parentes já houvessem escolhido o sucessor.
Os incas construíram uma excelente rede de estradas: cerca de 60 mil quilômetros. Uma delas, nolitoral, com a notável extensão de 4.000 quilômetros e era suficientemente larga para permitir a passagem de 8cavaleiros, lado a lado. Sobre muitos rios, fizeram pontes suspensas por três cabos, capazes de suportargrandes pesos. O sistema de comunicações era muito bom e todas as cidades possuíam um quadro demensageiros que levavam as notícias importantes com uma rapidez impressionante: em cinco dias, umainformação atravessava cerca de 2 mil quilômetros – Quito a Cuzco.