Será que a conhecida história do naufrágio do Titanic - a catástrofe marítima mais famosa da história - é apenas a ponta do iceberg? Indícios indicam que pode ser uma sabotagem
O titanic foi um navio dos sonhos. no momento em que foi lançado ao mar, era conhecido como o maior e mais luxuoso transatlântico do planeta. Era tal o prestigio do navio, que muitas das personalidades mais ricas do mundo estavam a bordo em sua viagem inaugural, saindo de Southampton para Nova York no dia 10 de abril de 1912. Parecia que todas as pessoas mais importantes queriam estar entre os primeiros a viajar nesse símbolo resplandecente da humanidade desafiando a natureza.
Noite catastrófica
O naufrágio do navio na noite de 14 para 15 de abril, com perda de 1515 passageiros e tripulantes, de um total de 2224, foi a pior catástrofe em tempos de paz da história marítima. Segundo as investigações oficiais realizadas com base no naufrágio, a tragédia foi um terrível acidente agravado pela suposta incompetência de certas figuras-chaves implicadas. Apesar disso, muitas questões ficaram sem resposta e muitos fatos ainda hoje são debatidos. Nos anos seguintes, surgiram várias teorias controversas questionando o grau em que a catástrofe poderia ter sido considerada um acidente.
O primeiro ponto que atraiu a atenção dos que procuravam a "verdade" sobre o naufragio foi o elevado numero de cancelamentos feitos para a viagem inaugural do Titanic. Apesar da demanda de lugares, umas 55 pessoas cancelaram seus bilhetes na última hora.
O mais notável desses cancelamentos foi o de J. P. Morgam, - o verdadeiro dono da White Star Line - e um dos homens mais ricos dos Estados Unidos. O casal a quem foi então destinada a suíte de Morgan no Titanic decidiu viajar no Lusitânia, sendo então finalmente ocupada por J. Bruce, diretor executivo da White Star, que sobreviveu à viagem pulando num bote salva-vidas, quando este estava sendo arriado.
Morgan também era o proprietário no navio gêmeo do Titanic, o Olympic, que zarpou pela primeira vez, com todos os seus lugares ocupados, em 14 de junho de 1911, comandado pelo mesmo E. J. Smith que, depois, seria a comandante do Titanic. O Olympic teve uma curta, mas acidentada história, o que pode ter contribuído para os receios de algumas pessoas em relação ao Titanic.
Ao chegar a Manhattan, o enorme navio quase afundou um pequeno rebocador, preso entre ele e um parede do cais. Quatro meses depois, o transatlântico sofreu sérios danos ao colidir com um cruzador de guerra, o HMS Hawke. O Olympic teve de regressar a Belfast para diversos reparos. A White Star Line moveu uma ação por danos, mas perdeu e teve que pagar os reparos que adicionaram um total de 250 mil libras esterlinas ao custo original do navio de 1,5 milhões. Depois, em 24 de fevereiro de 1912, o Olympic atingiu um barco afundado e perdeu uma hélice. O violento choque causou graves danos internos ao navio, que foi içado ao estaleiro de Belfort, onde estava terminado o Titanic.
O titanic foi retirado, então, do dique seco para acelerar os reparos de seu navio gêmeo, mas a White Star Line teve que cancelar a próxima partida do Olympic, outra onerosa perda para o companhia. Com o Olympic ocupado em reparos de emergência, e o Titanic correndo o risco de não cumprir o tempo de suas provas ao mar, programadas para o dia 1º de abril, J. Bruce Ismay ordenou que fossem instaladas um série de vidros panorâmicos na cobertura do passeio A do Titanic.
Esta modificação era supostamente necessária para impedir que os passageiros da primeira classe se molhassem ao sair para tomar ar. Era insólito que uma modificação tão importante como essa fosse ordenada com tanta precipitação, especialmente sem esperar passar as provas ao mar. Porém, foi a mais insólito ainda que o Olympic não fosse modificado da mesma forma. Antes de instalar esses vidros, os dois barcos apenas podiam ser diferenciados um do outro quando estavam juntos ancorados no porto. Eram tão parecidos que muitas das recordações vendidas após o naufrágio do Titanic eram na verdade reprodução do Olympic.
Uma vez instalados, esses vidros panorâmicos eram para um leigo uma forma segura de distinguir as duas embarcações, ou pelo menos uma forma certa de fazer com que o público em geral achasse que podia distinguir os dois navios. A mesma extravagância de ordenar essa modificação num momento tão inoportuno fez com que muitos insinuassem que o barco tinham trocado de identidade de Belfast. O danificado Olympic, fazendo-se passar pelo aclamado Titanic, poderia então ser perdido oportunamente no mar em alguma posição predeterminada para causar uma perda mínima de vidas. A White Star Line poderia reclamar o seguro Titanic, que não tinham pedido prévio de indenização, enquanto o autêntico e imaculado Titanic poderia entrar em serviço sem problemas como o Olympic.
Sinais de Aviso
havia uma lamentável falta de provisão em quase todos os temas relacionados ao Titanic. O mais conhecido era o fato de que numa embarcação que poderia levar mais de 2200 passageiros somente havia botes salva-vidas para 1178 pessoas. Além disso, os vigias não tinham acesso aos binóculos depois depois que o Titanic abandonasse Southampton, apesar de crescente o aviso de gelo.
A maior parte das criticas foram dirigidas ao capitão Smith, que foi quem acelerou o Titanic numa zona em que se sabia, de acordo com pelo menos cinco avisos distintos, que haviam gelos.
Quando o Titanic se chocou com o iceberg, ia a 22,5 nós, perto de sua velocidade máxima estimada. Devido a essa conduta imprudente, parece quase normal insinuar que a destruição do Titanic havia sido planejada por seus proprietários.
Inclusive numa época em que os acidentes marítimos eram freqüentes, a evidencia sugere que tanto o capitão Smith como a White Star Line sofreram mais contratempos do que se esperava. Além dos incidentes anteriores com o Olympic, Smith, da mesma forma, havia encalhado o Republic, em 1989, o Coptic em 1890 e o Adriatic em 1909.
Como foi confirmado na investigação que se seguiu, o Titanic poderia permanecer flutuando com até 04 dos 16 compartimentos estanques inundados, separados do casco por grossos tabiques divisórios. Praticamente a única forma de provocar uma calamidade era, se o navio golpeasse um objeto sólido durante sua passagem - como um iceberg - de modo a perfurar vários compartimentos de uma só vez.
Outra teoria é que, depois da troca de identidade entre o Olympic e o Titanic, foram dadas instruções a Smith para que dirigisse o navio contra um iceberg numa situação adequada, onde a White Star teria organizado algum tipo de salvamento. Infelizmente, por causa da incompetência de Smith, o acidente aconteceu num momento ou lugar equivocado.
Motivos para suspeitar
aqueles que negam esta teoria afirmam que, quando em 1985 foram encontrados os destroços, tanto a hélice de bombordo como o indicador de direção do timão mostravam claramente o numero 401, que é o número do casco do Titanic (o do Olympic era o 400).
Porém, permaneceram muitos motivos de suspeitas. A equipe que descobriu os destroços raspou a ferrugem da placa e revelou o nome Titanic, mas não foi recuperado nenhum objeto do fundo com o nome Titanic. Além disso, todos os registros da White Star Line desapareceram ( as plantas do Titanic se perderam durante a segunda guerra mundial).
Também foi impossível encontrar a suposta fenda no costado do navio, porque essa área está muito enterrado, mas foi encontrada uma abertura perto da proa do navio. Robert Ballard, que encontrou os destroços, surpreendeu-se em encontrar um tabique separatório num lugar inesperado, e mesmo os destroços estão a uma certa distância de onde foi informado que o navio havia naufragado.
Finalmente, J. P. Morgan, que alegou problemas de saúde para não viajar no Titanic, foi localizado pouco depois na cidade de Aixles-Bains, com aparência muito saudável. Além disso, depois da tragédia descobriu-se que Morgan não só havia cancelado a viagem, mas também que grande parte de sua coleção de arte, que deveria ser transportada da Europa para os Estados Unidos, também não fora embarcada. Naquele momento, o motivo alegado para tal fato foi que houve "atrasos de última hora na embalagem".
Incerteza permanente
Somente algumas poucas coisas são totalmente certas: a perda do RMS Titanic foi uma trágica calamidade que poderia ter sido evitada. O fato de que o titanic fosse considerado como impossível de afundar e naufragasse logo em sua viagem inaugural parece uma coincidência quase grande demais para ser verdadeira; basta apenas esse fato para gerar várias suspeitas de uma conspiração. Apesar disso, os acidentes prévio na histórias da White Star Line e do capitão Smith apóiam a tese de que a pura negligencia e o orgulho provocaram a catástrofe que levou a vida de 1515 pessoas
sábado, abril 02, 2005
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