A cultura de se embebedar na Grã-Bretanha já existia há centenas de anos, segundo uma exposição que vai reabrir a galeria medieval do Museu de Londres, no próximo dia 25 de novembro, na capital britânica.
Especialistas encontraram provas de que no século 12 os londrinos bebiam cerveja aos litros, começando no café da manhã, por causa da má qualidade da água na cidade.
A exposição no Museu de Londres inclui uma seleção de canecas e jarras que mostram homens com barrigas de cerveja.
Os vários bares e estabelecimentos de Londres eram usados "para "bebedeiras desmesuradas de tolos", segundo um escritor da época.
Há 700 anos, Londres tinha 1.300 bares de cerveja, um para cada 50 moradores da cidade.
John Clark, o curador da galeria Londres Medieval, disse que "a maioria das pessoas, inclusive as crianças, bebiam a tradicional cerveja da época, feita sem lúpulo".
"Ao preço de um centavo de libra por galão (de 4,5 litros), apenas os mais pobres tinham que beber água."
Tom Knox, cervejeiro chefe da cervejaria Nethergate, que produz a cerveja tradicional ale - a versão moderna das cervejas medievais - disse que a "ale era a bebida favorita quando a água e o leite eram normalmente contaminados, e o chá e o café eram desconhecidos na Inglaterra".
"A fervura da cerveja durante o processo e a produção do álcool durante a fermentação destruíam a maior parte das bactérias", explica ele.
Durante o século 15, a cerveja feita com lúpulos se popularizou em Londres, substituindo a cerveja tradicional.
Segundo um observador de 1542, o hábito de beber cerveja "é em detrimento" de muitos dos ingleses já que "faz o homem engordar e faz a barriga inflar".
Segundo especialistas, o vinho importado era popular entre as classes mais abastadas da época, que podiam pagar pela bebida.
As canecas e jarras da época, inclusive as cerâmicas de uso diário e taças de vinho ricamente trabalhadas, vão ser exibidas na galeria medieval.
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