Nem todos os efeitos da actividade solar são nocivos. Um deles, belo e espectacular, são as auroras boreais, luzes coloridas que surgem nos céus de regiões relativamente próximas do pólo Norte. Normalmente, as auroras boreais são esverdeadas pois os átomos de oxigénio das altas camadas atmosféricas emitem luz verde, ao serem excitados pelos eléctrodos de alta velocidade do vento solar. Quando a tempestade é forte para valer, camadas mais baixas da atmosfera são atingidas pelo vento solar e a aurora boreal pode vermelha, cor da luz emitida por átonos excitados de nitrogénio, outro constituinte de nossa atmosfera. Além disso, nesse caso as auroras boreais podem ser vistas mesmo a latitudes bem menores, mais próximas do equador. O Fênomeno das Auroras é visível na Terra e em todos os planetas gasosos do Sistema Solar. Na Terra elas ocorrem ao longo de todas as chamadas "zonas aurorais", regiões em forma de anel que circundam os pólos geomagnéticos Norte e Sul. Estas zonas aurorais, onde os observadores terrestres podem ver a aurora em sua actividade máxima, estão localizadas em latitudes de 67º Norte e Sul, e tem, aproximadamente, 6 graus de largura. Quanto mais ao Norte ou ao Sul estivermos maior é a chance de ver uma aurora. O Norte da Europa, em particular, Norte da Noruega e da Finlândia, são excelentes locais para observação de auroras. O Alasca também é outro bom lugar, em particular a cidade de Fairbanks.As auroras podem ser observadas nas camadas mais elevadas da atmosfera, nas proximidades dos pólos Norte e Sul da Terra. É um belo espectáculo de luz e cores na atmosfera à noite. A que ocorre no pólo Norte recebe por nome de aurora boreal, a do pólo Sul é conhecida como aurora austral. Elas formam no céu uma luminosidade difusa, que pode ser vista quando o sol está em baixo no horizonte. O Sol emite uma grande quantidade de partículas electricamente carregadas, prótons e elétrons, que caminham em todas as direcções. Esse fluxo de partículas recebe o nome de vento solar. Ao atingir as altas camadas da atmosfera da Terra, essas partículas electrizadas são capturadas e acelaradas pelo magnetismo terrestre, que é mais intenso nas regiões polares. Essa corrente eléctrica colide com átomos de oxigénio e nitrogénio - num processo semelhante à ionização de gases que faz acender o tubo de uma lâmpada florescente. Esses choques produzem radiação em diversos comprimentos de onda, gerando assim as cores características da aurora, em tonalidades fortes e cintilantes que se estendem por até 2000 quilómetros.Enquanto a luz emitida pelo nitrogénio tem um tom avermelhado, a do oxigénio produz um tom esverdeado ou também próximo do vermelho.As auroras polares podem surgir em forma de manchas, arcos luminosos, faixas ou véus. Umas têm movimentos suaves, outras pulsam. Sempre em alturas de cerca de 100 quilómetros de altitude. Quanto mais próximo o observador estiver dos pólos magnéticos, maior a chance de ver o fenómeno. O campo magnético da Terra nos protege das partículas presentes no vento solar, que viajam a 400 Km/s. Se não fosse esse campo, teríamos sérios problemas de saúde, pois seríamos atingidos por essas partículas.A região mais activa de uma aurora fica visível normalmente ao redor da meia-noite local. Elas são relativamente imprevisíveis; devido às perturbações magnéticas, as auroras podem ser vistas em qualquer momento quando o céu está escuro. Na média, as observações ocorrem ao redor de meia-noite.No hemisfério do norte, temos o Alasca, e muitos locais do Canadá oriental. Na Europa, temos a Islândia e norte da Escandinávia. No hemisfério sul, a aurora aparece em regiões despovoadas. Além do local, o tempo e a poluição também afectem as chances de se ver a aurora. Obviamente, você não pode ver aurora se o céu estiver nublado. Porém, até mesmo uma neblina leve pode impedir de se ver a aurora principalmente se existir uma área urbana por perto.
terça-feira, setembro 28, 2004
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