sábado, setembro 11, 2004

Untitled

Um olhar vagamente poisado sobre o nada
Levemente amargurado
A tua boca cerrada
Quando uma palavra só bastava...
Já o mundo foi posto de lado.

Assim... um delírio, uma loucura, devaneio
De querer não mais ser mortal
Abrir asas e voar, fugir de mim... como do mal
Encontrar um exilio do teu sorriso
Do qual procuro fugir... e friso
Que obrigada

A tua só imagem, num só instante
Aquela que entrou de rompante em mim
Ficará perdida nos despojos das guerras passadas
E o meu delirio será mais uma das imagens
[devastadas]
Que se misturam na bruma adiante
Na escuridão dos versos que escrevi.

Talvez na solidão da fuga
A minha sina se altere e o real se instale
E a luz da minha alma se cale
E volte para a vaga das ondas do mar.

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